terça-feira, 20 de março de 2018

Miúdos a votos - promover a leitura

A leitura pode ser promovida de diferentes modos. Chamar à atenção para o valor civilizacional da leitura é algo que pode ser feito num ambiente mais formal ou de um modo lúdico. 

A revista Visão e a Rede de Bibliotecas Escolares promovem uma campanha “Miúdos a votos, quais os livros mais fixes?”, em que se pretende que os alunos dêem conta de um livro em que possam defender como um objecto com o qual se identificaram ou dele retiraram um simples prazer de ler.

Os alunos podem fazer uma campanha eleitoral por um livro fixe e apelar aos colegas que participem numa votação nacional. Votar por um livro, por um conjunto de ideias é sem dúvida uma forma lúdica e divertida de promover o livro e a leitura. Existe um conjunto de livros para fazer a escolha e essa campanha e que se encontram no link abaixo.

Fonte:  Visão Júnior|

sábado, 17 de março de 2018

Um poema por dia ... (1)

Um poema por dia - a imaginação para iluminar ou compreender o real!

Bailarina fui
Mas nunca dancei
Em frente das grades
Só três passos dei

Tão breve o começo
Tão cedo negado
Dancei no avesso
Do tempo bailado



Dançarina fui
Mas nunca bailei

Deixei-me ficar
Na prisão do rei

Onde o mar aberto
E o tempo lavado?
Perdi-me tão perto
Do jardim buscado

Bailarina fui
Mas nunca bailei

Minha vida toda
Como cega errei

Minha vida atada
Nunca a desatei
Como Rimbaud disse

Também eu direi
«Juventude ociosa
Por tudo iludida"
Por delicadeza
Perdi minha vida

Sophia de Mello Breyner Andresen. (1977). "Por delicadeza, in O nome das coisas. Lisboa: Moraes Editores.

sexta-feira, 16 de março de 2018

Memória de Natália Correia



“Sou da ilha das línguas de fogo. Com elas aprendi a metrificar o espírito. O indizível”. (1)


Breves textos sobre Natália Correia:

(1) Fernando Dacosta. Natália Correia, O Botequim da Liberdade.


    quinta-feira, 1 de março de 2018

    Março


    Lá vai Março de mansinho
    - para ser ele o primeiro -
    a percorrer o caminho
    que vai de Castelo Frio
    - o lugar de onde partiu -
    ao Palácio Florentino:
    o jardim à beira rio
    onde nasce a Primavera.
    Mas quando chega, uns casais
    já montaram casa e esperam
    que lhes nasçam uns meninos.
    E Março, que é educado,
    cumprimenta os maiorais,
    tira o chapéu e lá diz:
    - Bom dia, senhores pardais.
    Mas logo sente uma chama,
    como se em dia de festa:
    abre os braços e proclama:
    - Já chegou a Primavera!
    Da Floresta é este o Dia
    e, já agora, da Poesia! 
    João Pedro Mésseder. Livro dos Meses