sábado, 27 de fevereiro de 2016

Das palavras de Vergílio (XI)


Todos nós pensamos. Todos os dias pensamos sobre as coisas que nos rodeiam. A dúvida consiste naquilo em que pensamos. Na forma como interpretamos o nosso pensamento e o pensamento dos outros. Mas será que o pensamento nos leva a uma conclusão direta? Por vezes não. Por vezes o pensamento leva-nos a não encontrar uma conclusão, leva-nos a um mistério, a uma indeterminação.

Inês, "Pensar o quê?", 11º C2
Imagem: Copyright - Azuto

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Das palavras de Vergílio (X)


Afundando-me na minha profunda tristeza e procurando aquela felicidade que nunca conheci, olhando para o céu azul e ouvindo a música do país frio, tendo esperança que um dia consiga libertar-me da minha solidão, tendo consciência que o meu desejo mais forte pode não ser razoável, olhando para o céu azul e ouvindo a música do país frio, penso que um dia aparecerá um fabuloso sorriso, bem carinhoso. Nesse dia, o meu desejo mais forte será realizado e sairei da minha profunda solidão.

Rugiatu, "A solidão", 10º C2

Das palavras de Vergílio (IX)


O silêncio estala no ar branco, os pássaros calam-se na sombra das ramadas. O silêncio da noite, o momento verdadeiro, pensativo, tranquilo. A ausência de som e a presença de humanidade, de pensamento. O silêncio no qual apenas se ouve a voz da terra, do profundo interior, do espírito, da verdade, da divindade do homem. Este breve momento no qual o sujeito é completamente íntegro. Reflecte, julga, interpreta-se. Procura a autenticidade e a procura de respostas. O silêncio da noite é o que nos faz ser realmente humanos, racionais e ter sentimentos.

Inês, "Silêncio da noite", 11º E2; Imagem - © : ambientwalrus

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Das palavras de Vergílio (VIII)


Uma das principais ferramentas do ser humano é o ato de pensar. Desenvolvemos o nosso raciocínio, abrimos o nosso horizonte e não ficamos tão "fechados" no nosso pensamento e, de certa forma, o diálogo ajuda-nos a libertar e a partilharmos as nossas ideias com o mundo. Agora, quantas vezes o pensamento já foi o nosso inimigo? Virou-nos as costas quando mais precisávamos. Ficámos baralhados com o excesso de palavras que flutuam na nossa mente, e deixamos que elas tomassem conta de nós. Muitas das vezes não é necessário pensar muito, deixar apenas que a nossa fé e alma tomem o rumo da nossa vida, pode ser um dos pilares para a nossa felicidade.
Mariana, Não penses muito", 11º A1
Imagem - Copyright: Inna Blar

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Das palavras de Vergílio (VII)


A solidão é algo inexplicável, quando se sente.
É o cansaço.
É abandono.
Nada parece real.
Parece um breve momento.
Nunca acaba.
É uma sala escura. Por entre a ranhura da porta vê-se um risco de luz, como se estivéssemos presos num canto.
Como se abríssemos a boca, mas nada saísse.
Ninguém que nos ouve. Estamos sós.
É um beco sem saída, sem rumo, sem sentido.
É o desespero total, é a alma vazia. É um buraco sem fim, onde caímos na tentação de procurar a felicidade. 
Caímos, e não batemos no fundo. Caímos, caímos, mas nada parece funcionar. 
Não nos sentimos como antes, estamos sem a doce voz que nos conforta antes de dormir.
É a falta de integração.
É uma sociedade distante.
É um sorriso baço e desfocado.
São olhos penetrantes.
É uma estrada com curvas sem fim.
A consciência está num ciclo sem fim.
Nada faz sentido.
Estamos sós.

Mercês, "A solidão", 10º C2

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Das palavras de Vergílio (VI)


Não penses muito num mundo onde o pensar não te ajuda, não te une,... Não penses muito num tempo onde um porquê básico completa o teu desejo, te guia... Utiliza essa capacidade, essa atitude, essa garra, para mudar o que ainda não mudaste, fazendo o que ainda não fizeste e, talvez, atingir aquilo que ainda não atingiste. Usa essa "digestão" da tua mente para resolver o que precisa de ser resolvido, para o que se apresenta como realmente importante, ultrapassando "as pequenas pedras" que te impedem de começar e te obrigam a pensar no que não precisa de ser pensado, segue o "não penses muito" e pensa só no que verdadeiramente importa, pensa por ti.

João Saúde, "Não penses muito", 10º C2
Imagem: © – m-ban. – 白の習作。


sábado, 20 de fevereiro de 2016

Das palavras de Vergílio (V)


Silêncio da noite, quando tudo é nada.
É no silêncio da noite que te soltas, é nesse silêncio que por nulos segundos tu és tu. 
É nesse silêncio que tu te ouves, que te fazes sentir.

No silêncio da noite consegues sonhar, consegues pensar, sem que te seja criticado alguma coisa.

É no silêncio da noite que falas com quem te ouve mas não te vê, é nesse silêncio que essas pessoas são o teu meio mais reconfortante.

No silêncio da noite fazes as tuas maiores decisões e tens as tuas melhores ideias.

Silêncio da noite, este que me ouve.

Maria, "Silêncio da noite", 11º A1

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Das palavras de Vergílio (IV)


É durante a noite que o mundo cai a nossos pés, quando a percepção da vida nos aparece clara e distintamente. É na paz do silêncio que nos encontramos e encaramos a vida, aquilo que temos de enfrentar. No silêncio da noite, quando estamos sós, podemos pensar e temos a oportunidade de sentir com mais intensidade. Não existem distracções. 

Existimos apenas nós e a nossa vida: as mágoas, os arrependimentos, as tristezas sem fim; o que a vida representa para nós e a oportunidade de nos guiarmos através dela.
Existem as nossas ações e os nossos sonhos.

É no silêncio da noite que ganhamos coragem e que podemos ser nós próprios, tomar as nossas decisões. É no silêncio da noite que nos apercebemos da realidade e de tudo o que perdemos. É também no silêncio da noite que compreendemos a nossa felicidade e o que a vida nos ofereceu.

Catarina, "Silêncio da noite", 11ºC1
Imagem: Copyright - Beyond-Somewhere

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Das palavras de Vergílio (III)


                                                              Na noite o silêncio é mais puro.

                                (...) "Silêncio da noite",11º C1; Imagem - Noite estrelada - Vincent van Gogh

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Das palavras de Vergílio (II)


Ouço. Não quero pensar. Não me apetece. Pensar implica empurrar a inércia para longe, e a inércia é muito pesada. Mas o pensamento também pode entrar-nos pelos ouvidos. É bem mais fácil assimilá-lo na alma depois. 
A Natureza, rainha do Universo, impinge uma regra ao mundo natural: "aquele que faz o mais possível a partir do menos possível deixará o seu legado para o futuro." É a lei do menor esforço. Usar a própria alma para produzir o pensamento, um pensamento original implica empurrar a inércia, e a inércia é muito pesada. Que se ouça e se assimile na alma o produto dos outros! 
Ao parar e escutar, sou capaz de possuir o pensamento. E não gasto a minha alma no processo. Imagino um mundo ideal, sem artistas, sem escritores, em que apenas um homem se sacrifica, pensa, e dá o seu pensamento a todos. E todos seguem o seu pensamento.
Assim pensam os que não pensam.

José, "Ouço, não quero pensar",10ºC1; 

Imagem - Copyright: Krzysztof Karpinsky

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Das palavras de Vergílio (I)


Pensar. Pensar o quê, porquê, quem, como...?

Pensar porque sim ou pensar por pensar?
Pensar porque pensar faz parte de nós, pensar é estar vivo.
Pensar no que fazemos, queremos, temos, sentimos, tudo na nossa vida nos faz pensar, porque desperta este sentido, o sentido do pensamento, aquele que muitos consideram importante. (muitos não, mas até para chegar a essa conclusão precisam de pensar). O pensamento é essencial! Descreve cada um de nós, vai para além da realidade superficial e materialista, define quem somos emocionalmente, como um bilhete de identidade para as nossas emoções, opiniões. O pensamento não se baseia "no quê", pensamos porque pensar é viver.
Pensar para quê?
Para mostrarmos no mundo que estamos vivos, para nos mostrarmos a nós mesmos que estamos vivos, que somos alguém, que algo em nós não tem limites, não sem oposições nem arrependimentos, deixando a liberdade no pensamento, estamos a valorizá-lo, a afirmar que este não é determinado, é da nossa responsabilidade - conduzir o pensamento ao longo deste caminho que é a vida.

Inês, "pensar o quê?", 10ºC2

Imagem - O pensador de Rodin