Os livros são um dos
objetos primordiais do que podemos chamar uma civilização. Com os livros
guardamos a memória e as inquietações anteriores a nós, mas também neles
desco-brimos que eles nos fazem pensar melhor, afinal que podemos evoluir como
pessoas, como sociedade.
É na leitura que nos
descobrimos, que verificamos os valores que nos conduzem, as formas de encontro
que conseguimos estabelecer com os outros. Os livros que lemos dizem muito das
pessoas que con-seguimos ser, dos conhecimentos que multipli-camos nas ideias
que apreendemos e da per-ceção que temos do mundo e de nós próprios.
Os livros
emergem com as pala-vras, ao nomeá-las, estamos a dar-lhes a substância de
existirem, mesmo que se refiram ao que não temos, mesmo que sejam os so-nhos
antes dos sonhos, a respira-ção de ver o que se ama. Os livros e a leitura
confirmam essa possibilidade maior de aceitarmos em partilha as vozes que nos
chamam para o reconhecimento múltiplo da humanidade.
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