Desde os Gregos que o
Homem procura compreender a sua natureza, mas também o que o envolve, o meio
natural. No fundo compreender o universo através de equações que possam ser
sistematizadas pela razão. Entre os criadores e pensadores de diferentes tempos
que contribuíram para o alargamento da Ciência, um tem especial destaque,
Charles Darwin.
A 19 de abril de 1882
celebra-se a memória de Charles Darwin, um naturalista e biólogo inglês que
revolucionou o modo como o século XX viria a ver o mundo. Desde cedo Darwin
revelou um grande interesse pelos fenómenos naturais. Contactou com
naturalistas e com as temáticas da Botânica e da Geologia quando estudou
Teologia. A 27 de dezembro de 1831 participou numa expedição à volta do mundo
realizado pelo navio de nome Beagle. Durante cinco anos observou
fósseis e recolheu amostras da natureza em diferentes locais.
A partir da sua
observação construiu uma nova teoria explicativa do mundo natural. A sua teoria
ficou expressa no livro A Origem das Espécies, criando desde a sua
publicação uma imensa polémica pelas respostas que apresentava. Seria, no
entanto, o seu segundo livro, A Origem do Homem que Darwin
iria concretizar melhor as suas ideias de que o Homem tinha realizado um
processo de evolução a partir de um antepassado comum. Poucos homens
influenciaram o conhecimento e a Ciência como Charles Darwin.
Em 1872 publicaria o seu último
livro, A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais, onde
procurou mostrar que o corpo e também a mente sofreram um longo processo de evolução. Darwin
reformulou, ou podemos mesmo dizer reinventou a Natureza, no sentido em que
abriu campos novos. O Evolucionismo, teria grande impacto na formulação de
outras Ciências. Da Biologia, à Medicina e à Antropologia ele fez avançar a
Ciência, que mais não é que a procura racional de compreender o mundo e os seus
fenómenos. O campo científico contemporâneo é-lhe devedor na formulação do seu
próprio pensamento.
As suas ideias levantaram um coro de
protestos na sociedade vitoriana. Os fundamentos da sociedade burguesa pareciam
levar aqui mais um forte choque. A Igreja foi especialmente dura, pois como
séculos antes com Galileu, a abertura de novos horizontes ameaçava a segurança
do que se conhecia, do que estava estabelecido. Os primeiros anos do século
XX e o seus conflitos mortais evidenciaram a natureza humana de uma forma
que as ideias de Darwin e de outros, como Freud, viriam a confirmar da pior
maneira.
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