terça-feira, 19 de abril de 2016

Memória de Darwin


Desde os Gregos que o Homem procura compreender a sua natureza, mas também o que o envolve, o meio natural. No fundo compreender o universo através de equações que possam ser sistematizadas pela razão. Entre os criadores e pensadores de diferentes tempos que contribuíram para o alargamento da Ciência, um tem especial destaque, Charles Darwin.

A 19 de abril de 1882 celebra-se a memória de Charles Darwin, um naturalista e biólogo inglês que revolucionou o modo como o século XX viria a ver o mundo. Desde cedo Darwin revelou um grande interesse pelos fenómenos naturais. Contactou com naturalistas e com as temáticas da Botânica e da Geologia quando estudou Teologia. A 27 de dezembro de 1831 participou numa expedição à volta do mundo realizado pelo navio de nome Beagle. Durante cinco anos observou fósseis e recolheu amostras da natureza em diferentes locais.

A partir da sua observação construiu uma nova teoria explicativa do mundo natural. A sua teoria ficou expressa no livro A Origem das Espécies, criando desde a sua publicação uma imensa polémica pelas respostas que apresentava. Seria, no entanto, o seu segundo livro, A Origem do Homem que Darwin iria concretizar melhor as suas ideias de que o Homem tinha realizado um processo de evolução a partir de um antepassado comum. Poucos homens influenciaram o conhecimento e a Ciência como Charles Darwin. 

Em 1872 publicaria o seu último livro, A Expressão das Emoções no Homem e nos Animais, onde procurou mostrar que o corpo e também a mente sofreram um longo processo de evolução. Darwin reformulou, ou podemos mesmo dizer reinventou a Natureza, no sentido em que abriu campos novos. O Evolucionismo, teria grande impacto na formulação de outras Ciências. Da Biologia, à Medicina e à Antropologia ele fez avançar a Ciência, que mais não é que a procura racional de compreender o mundo e os seus fenómenos. O campo científico contemporâneo é-lhe devedor na formulação do seu próprio pensamento. 

As suas ideias levantaram um coro de protestos na sociedade vitoriana. Os fundamentos da sociedade burguesa pareciam levar aqui mais um forte choque. A Igreja foi especialmente dura, pois como séculos antes com Galileu, a abertura de novos horizontes ameaçava a segurança do que se conhecia, do que estava estabelecido. Os primeiros anos do século XX e o seus conflitos mortais evidenciaram a natureza humana de uma forma que as ideias de Darwin e de outros, como Freud, viriam a confirmar da pior maneira.

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