sexta-feira, 12 de junho de 2020

Biblio@rs (XVIII-XIII)

A Civilização Grega - o belo como representação (II)

Adónis e Afrodite (na civilização romana Vénus) identificam uma das formas de observar a representação do belo. Afrodite era a deusa do amor. A mitologia fenícia e grega atribuíam a Adónis as qualidades da beleza masculina e que se relacionou no próprio mito com os espaços temporais ligados à natureza. 
Adónis teria nascido da casca de uma árvore, devido à ira de Théias, rei da Síria. Afrodite maravilhou-se com a beleza do jovem e decidiu protegê-lo. Apaixonaram-se quando Adónis já tinha crescido, o que levou à fúria do Deus Ares. Adónis passou para o submundo, onde governava Hades e Perséfone. 
Afodite decidiu então instituir uma celebração anual para lembrar a tragédia e a sua perda. Estas celebrações anuais ocorriam em cidades da Grécia e da Pérsia, desde o século V a.C., durante os quais as mulheres plantavam sementes de várias plantas em pequenos recipientes, chamados jardins de Adónis. 
Este mito de Adónis relacionou-se com os ritos que simbolizavam a morte das plantas e a sua germinação que simbolizava a vida. O mito de Adónis e de Vénus preenche de forma continuada a representação da arte no Ocidente e dessa representação se constrói um histórico da beleza. Falaremos aqui um pouco dessa evolução da ideia de beleza enquanto idealização e representação do belo, no contexto da arte da Civilização Grega.

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