"Phileas
Fogg, deixando Londres, nem fazia idéia, sem dúvida, da grande repercussão que
sua partida iria provocar. A notícia da aposta espalhou-se a princípio no
Reform Club, e produziu uma verdadeira comoção entre os membros do respeitável
círculo. Depois, do club, esta comoção passou para os jornais, por intermédio
dos reporters, e dos jornais ao público de Londres e de todo o Reino Unido.
A
“questão da volta ao mundo” foi comentada, discutida, dissecada, com tanta
paixão e ardor como se se tratasse de uma nova questão do Alabama. Uns tomaram
o partido de Phileas Fogg, outros — e formaram logo uma maioria considerável —
pronunciaram-se contra ele. Esta volta ao mundo a ser realizada, não em teoria
e sobre o papel, neste mínimo de tempo, com os meios de comunicação atualmente
em uso, não era apenas impossível, era insensato!
O Times, o Standard, o
Evening Star, o Morning Chronicle, e vinte outros jornais de grande circulação,
declararam-se contra Mr. Fogg. Só, o Daily Telegraph o apoiou em certa medida.
Phileas Fogg foi geralmente tratado como maníaco, louco, e seus colegas do
Reform-Club censurados por terem aceito esta aposta, que denunciava um
enfraquecimento nas faculdades mentais de seu autor."
Algumas das capas de um livro que faz parte da
cultura universal. Livro marcante de Júlio Verne, na edição de 1872 aqui com as
ilustrações de Alphonse de Neuville e Lén Benett. A consultar. Aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário