"As bibliotecas são como os jardins. Para ter sombra
temos que esperar que as árvores cresçam. Ou então colocámos umas árvores já feitas
que ficam muito bonitas mas que morrem a seguir. A poetisa brasileira,
Adélia Prado, diz: "não quero a faca, nem queijo. Quero a fome". Mais
importante que ter lá os livros é ter fome deles". (1)
As Bibliotecas Escolares em Portugal
vivem do trabalho, da dedicação, da imaginação de muitas pessoas, de muitas
vontades, de todos os que compreendem que realmente a BIblioteca é o melhor
lugar do mundo, porque diferentes pessoas têm a possibilidade de serem
construtoras de cidadania consigo e com os outros. As bibliotecas são pois
guardiãs dessa beleza de tentar ser o sonho de reconstruir quotidianos novos
com as divindades do passado e com o olhar do presente.
Neste caminho fascinante e nunca terminado, com
enquadramentos novos, com possibilidades reescritas pelos nossos passos, a
leitura, os livros, os jovens, a literatura e o gosto pela expressão
diferenciada de emoções e valores há quem primeiro visse esta luz. Esta
possibilidade de com a escola construir espaços novos de conhecimento e
aprendizagem, sem os fantasmas do passado, mas com a humildade apenas de querer
saber mais.
Prémio europeu das bibliotecas escolares há alguns anos, ela
foi uma das pessoas que cedo compreendeu o alcance das bibliotecas escolares
numa organização como a escola. Nesta evocação de quem também ama as
bibliotecas escolares, um sorriso sobre uma pessoa que tanto nos tem ensinado
numa energia contagiante. A sua sabedoria e experiência tem sido um fator de
progresso e de construção das bibliotecas escolares. Lembrar o papel das
bibliotecas é também o daqueles que a têm construído em doses de grande
partilha e afeto.
(1) (http://www.omirante.pt/noticia (2010)
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